A campanha de vacinação contra a paralisia infantil terá início neste sábado, dia nacional de mobilização, e se estenderá até 6 de julho. A meta do governo é imunizar mais de 14 milhões de crianças em 115 mil postos de vacinação.
Apesar do cronograma divulgado pelo Ministério, a Secretária de Saúde de São Paulo informou que no Estado a campanha ocorrerá apenas no sábado. As duas gotinhas, como dose de reforço, serão dadas a crianças menores de 5 anos, mesmo que elas já tenham sido imunizadas contra a doença.
Se as crianças tiverem febre alta ou alguma doença aguda, os pais devem conversar com os profissionais de saúde antes da vacinação, orienta o Ministério da Saúde.
A pasta reforça que, apesar de o país ter erradicado a doença, a vacinação é importante para evitar a reintrodução da poliomielite por viajantes que chegam ao Brasil. Ainda há 16 países com casos registrados da doença.
“Na República Dominicana e Haiti, houve a circulação do vírus quando se baixou a cobertura da campanha. Enquanto não houver eliminação global da doença, temos que ter uma estratégia especial, tanto vigilância epidemiológica boa quanto a manutenção da vacinação”, explica Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde da pasta.
De acordo com Barbosa, a cobertura vacinal é boa, atingindo 95% da população alvo em praticamente todos os Estados. A cobertura é mais baixa, diz ele, em alguns municípios espalhados pelo interior do Amazonas.
Mudança no calendário
A partir de agosto, a vacinação contra a poliomielite terá uma mudança, com a combinação das gotinhas com a forma injetável da vacina –por ter o vírus inativo em sua composição, essa nova vacina é tida como ainda mais segura. Esse novo modelo foi anunciado no início do ano e está mantido, afirma o ministério.
Crianças que nascerem nos próximos meses já devem pegar o novo esquema vacinal. Aos dois e quatro meses de idade, a criança será vacinada com a forma injetável. Aos seis e quinze meses e no reforço anual feito no primeiro semestre de cada ano, receberá as gotinhas.
Já no segundo semestre de cada ano, haverá uma mobilização nacional para revisar as carteirinhas de vacinação das crianças e tapar eventuais buracos de imunização, explicou o ministro Alexandre Padilha (Saúde), em coletiva hoje.
A vacina oral será mantida no calendário da criança e nos reforços anuais para ampliar o alcance dessa imunização.
Isso porque, explicou Barbosa, o vírus presente na vacina cai no meio ambiente pelas fezes da criança e consegue, assim, entrar em contato com outras pessoas.