A Secretaria Estadual de São Paulo ampliou nesta quinta-feira, 11, a vacinação de jovens de 15 a 29 anos contra o sarampo para cinco cidades da Grande São Paulo: Guarulhos, Osasco, São Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano do Sul, municípios onde há circulação do vírus. Na capital paulista, a campanha ocorre desde o dia 10 de junho.
Essa faixa etária, segundo a secretaria, é considerada a mais vulnerável a infecções por causa da baixa procura pela segunda dose da vacina. A expectativa é imunizar mais de 900 mil pessoas nas cinco cidades. A vacina está disponível nas unidades básicas de saúde (UBSs). No dia 20, ocorrerá o Dia D de Imunização.
Até o momento, foram confirmados 206 casos de sarampo no Estado. Mais da metade dos casos (66% do total) se concentra na capital, com 137 registros. Na faixa etária entre 15 e 29 anos, foram 98 ocorrências.
Na capital, a meta é vacinar 2,9 milhões de paulistanos com idade entre 15 e 29 anos. Até o dia 1º, 47 mil pessoas foram imunizadas na cidade.
Vacina tríplice viral
A vacina tríplice viral protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Há contraindicação para gestantes e imunodeprimidos, como pessoas submetidas a tratamento de leucemia e pacientes oncológicos.
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, provocada por vírus, grave e transmitida pela fala, tosse e espirro. A doença é extremamente contagiosa, mas pode ser prevenida pela vacina. O sarampo caracteriza-se principalmente por febre alta, dor de cabeça, manchas vermelhas no corpo, tosse, coriza, conjuntivite e manchas brancas na mucosa bucal.
Veja onde se vacinar na Grande São Paulo
O que é o sarampo? Perguntas e respostas sobre o sarampo
É uma doença infecciosa viral, grave e que pode levar à morte, principalmente de crianças com menos de 1 ano de idade.
Como ocorre a transmissão do sarampo?
Por meio de secreções expelidas na tosse, espirro, fala e até na respiração. O vírus é transmitido entre quatro e seis dias antes ou depois do aparecimento de manchas vermelhas pelo corpo, mas o período em que a pessoa mais transmite a doença é dois dias antes e dois dias depois do aparecimento desse sintoma.
Quais os sintomas da doença?
Os sintomas do sarampo são febre alta, acima de 38,5°C, exantema (erupções cutâneas vermelhas), tosse, coriza, conjuntivite e manchas brancas que aparecem na mucosa bucal de um a dois dias antes do aparecimento do exantema.
O sarampo pode matar?
Sim. Complicações infecciosas decorrentes do sarampo podem levar à morte, particularmente em crianças desnutridas e menores de 1 ano de idade.
Qual é a forma de prevenção?
Como é uma doença extremamente contagiosa, a única forma de se prevenir é com a vacinação, que deve ser aplicada em duas doses: uma aos 12 meses e a outra, aos 15 meses. Crianças de 5 anos a 9 anos de idade que não foram vacinadas devem tomar duas doses da vacina. Pessoas de 10 a 29 anos devem tomar duas doses das vacina. Quem tem entre 30 e 49 anos, só precisa tomar uma dose da vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola).
Adultos estão livres da doença?
Não. E adultos na faixa de 30 anos devem, especialmente, ficar atentos. Isso porque, no passado, a vacinação era feita aos 9 meses e em apenas uma dose. Portanto, eles devem procurar o serviço de saúde para atualizar a caderneta de vacinação. Quem desconhece sua situação vacinal, pode se vacinar de novo. A imunização não vai causar problemas de saúde e vai dar certeza sobre a proteção contra a doença.
Por que a cobertura está baixa?
Segundo especialistas e autoridades ligadas à saúde, há baixa adesão da população às campanhas. Eles apontam como motivo a falsa sensação de que o problema estava erradicado.
Quem não deve se vacinar?
Gestantes, crianças com menos de 6 meses e imunocomprometidos não devem receber a dose. A gestante deve esperar para ser vacinada após o parto. A vacina também não é recomendada em casos suspeitos de sarampo.
Como é feito o tratamento para o sarampo?
Não existe tratamento específico para o sarampo. Crianças com a doença costumam receber vitamina A para reduzir a possibilidade de evolução para casos graves e fatais. O tratamento preventivo com antibiótico é contraindicado. Algumas crianças precisam de quatro a oito semanas para recuperar o estado nutricional que tinham antes da infecção pela doença.