Campanha busca aumentar cadastro brasileiro de doadores de medula óssea

São Paulo – A campanha da Associação Paulistana de Medula Óssea, que acontece neste sábado (6), busca aumentar o número de pessoas cadastradas para eventuais doações. O cadastro é consultato para checar a compatibilidade entre o doador e o receptor, cujas as chances de coincidência podem atingir um a cada 100 mil. Isso exige um cadastro grande para aumentar as chances de quem precisa de uma doação. A campanha marca a data de hoje, Dia Nacional do Voluntário de Medula Óssea, e ocorre na sede da Universidade Unicastelo, no bairro de Itaquera, zona leste de São Paulo.

A coordenadora da campanha, Camila Hinsthchieng, informou que a expectativa é de conseguir a adesão de entre dois a três mil voluntários. Segundo ela, de 2002 para cá, a lista de inscritos no cadastro nacional, Registro de doadores de Medula Óssea (Redome) subiu de 12 mil para 420 mil. Ainda assim, ?o Brasil tem uma oferta bem abaixo de outros países como os Estados Unidos, onde o banco de medula conta com seis milhões de pessoas cadastradas?, observa Hinsthchieng, que é bióloga e já precisou ser submetida a transplante de medula óssea.

Ela explicou que qualquer pessoa com idade entre 18 e 55 anos que tenha boas condições de saúde e não tenha contraído doenças graves, como Aids, Doença de Chagas, câncer e hepatite C, pode ser um voluntário. O procedimento é simples, realizado com a coleta de uma amostra de sangue e por meio disso é feita uma avaliação das características genéticas. ?Não demora nem dez minutos e não há necessidade de se estar em jejum?, diz. O voluntário preenche uma ficha deixando os dados para que possa ser imediatamente contatado na hora em que surge um receptor.

No caso de São Paulo, diariamente, tem uma equipe para receber potenciais doadores na Santa Casa de Misericórdia, no bairro central de Santa Cecília. Ao contrário do que ?muitos pensam, o transplante não ocorre por meio de uma cirurgia, é feita apenas uma punção do conteúdo do interior do osso para a retirada de células mães que servem à reprodução do sangue no organismo?, esclareceu.

Outra observação que fez é com relação ao desconhecimento ocorrido com freqüência e que, em sua avaliação, dificulta a captação de maior número de doadores.  ?É muito importante saber que a medula óssea não é a medula espinhal, não é retirado da coluna vertebral, e sim está presente em todos os ossos e está mais concentrada nos ossos da bacia?. Maiores informações podem ser obtidas no endereço eletrônico: www.ameo.org.br.

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