Dominado por assaltantes na noite de domingo, 6, o caminhoneiro Antônio Euclides Ribeiro, de 36 anos, foi libertado após intervenção da mãe de um dos criminosos. Emerson Garcia de Miranda, de 19 anos – que mantinha o motorista refém por três horas, cercado pela polícia -, obedeceu à ordem materna. Baixou a arma que mantinha apontada para a cabeça do motorista e se entregou. Fabiana Garcia dos Santos fora localizada por policiais e levada até o local da ocorrência, na Avenida Brasil.
Mineiro de Visconde do Rio Branco e pai de dois filhos, Ribeiro dirigia um caminhão com quase 20 toneladas de carne que seriam entregues em Bonsucesso (zona norte). Por volta das 21 horas, quando seguia pela Rodovia Washington Luiz (BR-040), na altura de Olaria (zona norte), um carro com cinco assaltantes interceptou o veículo. Um criminoso desembarcou do carro, dominou Ribeiro e o sequestrou, com o veículo.
Um taxista viu o assalto e avisou a PM, que iniciou uma perseguição. O tiroteio começou quando o caminhão se deslocava pela Avenida Brasil. Com os pneus furados, o veículo parou. Os quatro ladrões que perseguiam o caminhão em um carro fugiram. Encurralado, Miranda fez o caminhoneiro refém.
Depois de se render, o rapaz, baleado na perna, foi levado ao hospital, onde recebeu atendimento médico. Em seguida, foi conduzido à Cidade da Polícia, no Jacarezinho (zona norte), onde o caso foi registrado. Foi preso e autuado em flagrante.
Atingido por estilhaços de bala na coxa esquerda e de vidro no braço, o motorista foi levado ao mesmo hospital. Acompanhou o registro da ocorrência, na Cidade da Polícia. Ele contou que era a sua terceira viagem ao Rio. Por causa da presença das Forças Armadas, imaginava estar seguro, contou.
“Eu desci (para o Rio) tranquilo, pensando que estava mais seguro. De repente, na hora que esse carro parou na minha frente e esse rapaz desceu com a arma, eu não acreditei. Eu falei: ‘Esse cara vai me assaltar cheio de polícia?'”
Linha Vermelha
A Linha Vermelha, via expressa que liga o centro do Rio à Baixada Fluminense, foi interditada ontem duas vezes, em razão de uma operação do Batalhão de Choque da Polícia Militar nas imediações da favela do Lixão, em Duque de Caxias. Como retaliação, um ônibus foi incendiado por criminosos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.