Camelôs prometem ‘rebelião’ contra fiscalização em SP

Se não conseguirem trabalhar na região da Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, por causa da fiscalização, os camelôs prometem tumultuar as vendas na melhor época do ano, quando o número de visitantes ali chega a 1,2 milhão por dia. “Queremos o direito de trabalhar no fim do ano porque todo mundo precisa pagar as contas e sustentar a família”, afirma Juarez José Gomes, de 60 anos, do Movimento dos Ambulantes.

Ontem, no dia em que a região da 25 de Março recebeu 800 mil pessoas, houve confronto entre cerca de 300 vendedores ambulantes irregulares, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e a Tropa de Choque da Polícia Militar (PM). Em meio a consumidores apavorados com as bombas de gás lacrimogêneo, um guarda-civil ficou ferido e 13 camelôs foram presos. A região é a mais disputada por ambulantes na capital. Só 74 têm autorização da Prefeitura. A Subprefeitura da Sé afirma que não pretende abrir inscrições para novas permissões.

Desde o início da semana o clima estava tenso na região, já que a GCM não permite que os ilegais fiquem na Rua 25 de Março e na Ladeira Porto Geral. Ontem, por volta das 10 horas, os ambulantes, que estavam concentrados na Rua Comendador Afonso Kherlakian, começaram a jogar ovos em algumas lojas. “Se não podemos trabalhar, vamos fazer com que as lojas fechem as portas também”, diziam os camelôs.

Só às 14 horas camelôs e policiais chegaram a um acordo. “Vamos esperar o resultado da reunião de amanhã (hoje). Se preciso, nos reorganizaremos em uma nova manifestação”, diz Juarez.

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