A Câmara dos Deputados economizou R$ 43,95 milhões no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período do ano passado, graças, principalmente, à extinção de 1.100 cargos de natureza especial (CNEs), que geralmente são preenchidos sem concurso por afilhados dos deputados mais influentes da Casa. O projeto para extinguir esses cargos foi apresentado na gestão anterior e aprovado na atual. Apesar disso, a Câmara continuou mantendo 1.300 daqueles postos.

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A atual gestão, presidida por Arlindo Chinaglia (PT-SP), no entanto, continua na berlinda por autorizar o ressarcimento de vôos de deputados em jatinhos fretados e bancar a conta de mais de 1 milhão de litros de gasolina gastos por deputados. A Câmara aceita pagar até R$ 90 mil por semestre para esse tipo de despesa, desde que o parlamentar não tenha feito uso de verba indenizatória.

A extinção dos cargos foi iniciativa do ex-presidente Aldo Rebelo (PC do B-SP) e chegou a ser motivo de boatos durante a disputa pela presidência da Casa, quando adversários de Chinaglia insinuaram que o petista não acabaria definitivamente com as vagas. A extinção dos CNEs, no entanto, acabou sendo um dos primeiros projetos aprovados na atual legislatura.

O orçamento total da Câmara para 2007 é de R$ 3,3 bilhões, dos quais já foi gasto R$ 1,3 bilhão. Outra economia expressiva no primeiro semestre – de R$ 7,5 milhões – foi com horas extras de funcionários. O corte foi possível porque Chinaglia raramente deixa as sessões plenárias ultrapassarem as 19 horas, o que justificaria o pagamento de horas extras aos servidores. Outras reduções de gastos obtidas foram com economia de passagens aéreas e diárias em missões oficiais – R$ 454 mil.

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