O presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), anunciou ontem, em reunião com o líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB), que pode se candidatar à presidência pelo partido. ?Se é para ter candidato próprio do PMDB, então vou eu?, afirmou Renan, admitindo a possibilidade de colocar também seu nome à disposição do partido para disputar a presidência da República. Na véspera, Renan havia dito que nenhum dos dois pré-candidatos até agora inscritos para as prévias do partido – o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, e o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho – ?empolga? o PMDB.
Para o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), a hipótese admitida pelo presidente do Congresso materializa o projeto da legenda de ter candidatura própria nas eleições deste ano. ?O ato de inscrição do governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, como candidato nas prévias já indicava que o PMDB formava unidade para ter candidatura própria?, disse. ?Agora, com a manifestação de Renan, entendo que o processo de lançarmos nosso candidato a presidente da República é irreversível.?
Já o senador Pedro Simon (PMDB-RS) comemorou ontem o registro da pré-candidatura do governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, à Presidência da República e reafirmou que o partido tem obrigação de registrar candidato próprio para as eleições presidenciais deste ano. Segundo Simon, não faltam nomes ao PMDB para esse pleito. ?Estamos dispostos a ir até à convenção se não ocorrer uma escolha prévia no partido?, acrescentou o senador.