Calheiros inicia ofensiva para tentar arquivar processo

A situação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é delicada. Em seu gabinete, ele conversa com aliados para tentar reunir condições políticas e votos suficientes para arquivar, amanhã, o processo aberto contra ele no Conselho de Ética, a pedido do PSOL, por quebra de decoro parlamentar.

Na reunião hoje do bloco governista, os senadores Renato Casagrande (PSB-ES) e Eduardo Suplicy (PT-SP) deixaram claro que não votarão pelo arquivamento do processo, amanhã, se não for conclusiva e esclarecedora a perícia da Polícia Federal sobre a autenticidade dos documentos apresentados por Renan para provar que pagou com recursos próprios – e não de um lobista da empreiteira Mendes Júnior – pensão à jornalista Mônica Veloso, com tem uma filha.

"Precisamos dar o tempo necessário para que os peritos possam concluir seu trabalho e para que possamos votar com eficiência", disse Suplicy. "Queremos saber se houve ou não transgressão e se ele feriu o interesse público", continuou. O senador Renato Casagrande exige ainda uma avaliação contábil sobre a venda de gado, operação apresentada pelo presidente do Senado para tentar comprovar que dispõe de recursos próprios para o pagamento da pensão.

Rito sumário

Na avaliação de senadores da base governista, o rito sumário que Renan quis dar ao processo, desde o início da crise, só serviu para criar um ambiente negativo no Senado. Peemedebistas que integram o Conselho de Ética estão solidários com Renan. Mas senadores como Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Pedro Simon (PMDB-RS) não. Simon, inclusive, pediu a renúncia de Renan à presidência do Senado.

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