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Foto: J.Freitas/Agência Senado

Renan Calheiros: discussão polêmica no Congresso.

De acordo com Renan, o voto secreto deve permanecer apenas nos casos de nomeação de autoridades e apreciação de veto presidencial. ?Acho que o voto aberto é recomendável em alguns casos, como em processo de cassação?, afirmou o presidente do Senado.

?Há quem defenda o voto aberto por questões óbvias, porque possibilita um melhor acompanhamento do parlamentar pela sociedade. E há os que defendam o voto secreto exatamente pelo oposto, porque garantirá mais independência das pessoas em relação ao governo e ao poder econômico.?

Uma emenda à Constituição que institui o voto aberto está na Câmara e deverá ser aprovada na semana que vem, durante o esforço concentrado do Congresso. ?É preciso um acordo de líderes para que a emenda seja aprovada. Não sabemos se a matéria passa ou não no Senado. Mas no que depender de mim facilitarei a tramitação?, disse Renan, para quem o fim do voto secreto é uma ?discussão polêmica? e divide os parlamentares.

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Integrantes da CPMI dos Sanguessugas pressionaram o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-AL), para pôr em votação rapidamente a emenda que põe fim ao voto secreto na análise dos processos de cassação de parlamentares. Eles temem que a maioria dos 67 deputados acusados de integrar a máfia das ambulâncias acabe absolvida no plenário da Câmara caso a votação seja secreta.

Foi o que ocorreu com os deputados apontados de participar do ?mensalão? – receber dinheiro em troca do voto favorável a projetos do governo. Dos 19 acusados pela CPI dos Correios, apenas três acabaram cassados: José Dirceu (PT-SP), Roberto Jefferson (PTB-RJ) e Pedro Correa (PP-PE).

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu ontem a adoção do voto aberto no plenário da casa no julgamento dos processos de cassação de senadores.