Brasília (ABr) – O procurador-geral do Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, disse, em seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos, que a Caixa Econômica Federal (CEF) tenta romper seu contrato com a multinacional Gtech, mas não consegue, porque as decisões judiciais garantem à empresa multinacional ?a continuidade do seu trabalho bastante lucrativo?. Segundo o procurador, o contrato da CEF com a Gtech está mantido até 2006. Ele informou que se a CEF não renovasse o contrato com a Gtech em 2003, poderia haver uma paralisia em todo o sistema de loterias no País, devido à dependência da CEF em relação à Gtech.
Furtado, ainda afirmou que a Caixa Econômica Federal (CEF) tornou-se refém da multinacional Gtech e até hoje ainda depende da empresa para operacionalizar todo o sistema de loterias federais no País. Ele estimou que de 1977 até 2003 houve um prejuízo acumulado para a CEF com relação à Gtech – o chamado débito quantitativo – de R$ 433 milhões.