A Caixa vai lançar no 1º Feirão Digital da Casa Própria, que acontece de 25 de junho a 4 de julho, sua primeira linha de financiamento imobiliário sem entrada. A modalidade, que cobrirá todo o valor do imóvel, estará disponível apenas para os 6.000 que foram retomados e estarão à venda no feirão.
O financiamento terá taxas a partir de TR mais 2,5% ao ano, somadas à remuneração da poupança. É a menor taxa cobrada pela instituição financeira.
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Atualmente, com a poupança rendendo 70% da Selic, o que equivale a 2,45% ao ano, e a TR zerada, os juros finais serão de 4,95% ao ano.
O Banco Central limita o financiamento pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) em 90% do valor da avaliação do imóvel, mas, como as casas e apartamentos são retomados, isso não será um problema para que o banco consiga financiar o preço total de venda.
Além da taxa mais baixa, quem comprar os imóveis recuperados financiados no feirão também terá uma carência de seis meses para pagar a primeira parcela e tarifas reduzidas.
Pedro Guimarães, presidente da Caixa, já havia adiantado em fevereiro, quando a instituição lançou sua primeira linha de financiamento imobiliário atrelada à poupança, que haveria novidades no valor de entrada dos imóveis. É necessária uma entrada de pelo menos 20% nas modalidades já existentes.
A Caixa trabalha com quatro linhas de financiamento imobiliário. A mais recente tem juros a partir da TR + 3,35% a 3,99% ao ano, acrescidos da remuneração da poupança, o que hoje significa uma taxa final de 5,8% ou 6,44%. Segundo Guimarães, essa modalidade já responde por mais de 40% das contratações imobiliárias da Caixa que utilizam os recursos do SBPE.
Outras opções são TR + 7% ou 8% ao ano, uma linha com juros fixos, entre 8,25% e 9,75% ao ano, e a linha atrelada ao IPCA, com IPCA + 3,55% ou 4,95% ao ano. Com o índice a 5,44%, isso atualmente corresponde a uma taxa final de 8,99% ou 10,39%.
Em transmissão ao vivo na segunda (7), Guimarães adiantou que essa linha de financiamento sem entrada vai substituir os leilões de imóveis recuperados.
“A partir de agora, todos os imóveis retomados serão financiados desta maneira. Ao invés de irmos para o leilão, e entrarmos com uma série de questões operacionais, nós faremos dessa maneira”, afirmou. Guimarães disse ainda que essa linha de financiamento não deve ficar restrita aos imóveis retomados, mas não apresentou mais detalhes sobre os planos da Caixa.
“Estamos começando com o feirão, mas vai ser a modalidade que nós pretendemos usar nos imóveis retomados, e não só neles, em breve teremos outras iniciativas na mesma linha”.
Além dos 6.000 imóveis retomados, o feirão virtual também terá cerca de 180 mil imóveis de mais de 600 construtoras, com as linhas já estabelecidas de financiamento.