Belo Horizonte (ABr) – A Polícia Federal desencadeou na manhã de ontem a ?Operação Encaixe?, para desarticular uma quadrilha especializada na clonagem de cartões de bancos, que eram usados para movimentações entre contas e saques em caixas eletrônicos, principalmente da Caixa Econômica Federal. O grupo atuava desde 2003 na capital mineira, região metropolitana e interior de Minas Gerais, e também no Espírito Santo. Os policiais cumpriram mandados de prisão temporária e de busca e apreensão expedidos pela 4.ª Vara Federal de Belo Horizonte. Ontem, sete pessoas foram presas.
Segundo as investigações, iniciadas pela PF em Minas Gerais a partir de uma prisão em flagrante em 2003, a quadrilha de São Paulo instalou-se em Minas para praticar o estelionato. Foi montado um escritório, chamado de ?a Firma?, de onde os criminosos operavam. Eles instalavam máquinas conhecidas como ?chupa-cabras? nos terminais eletrônicos para obter os dados que estão na tarja magnética do cartão bancário quando o cliente o insere no terminal de auto atendimento. O nome do titular e número da conta, banco e agência são repassados a um microprocessador (tipo Nec-V50/Nec-V30) e armazenados em uma agenda eletrônica (tipo Casio).
A obtenção da senha do cartão magnético é feita de duas maneiras: ?filmam? a pessoa digitando no teclado do terminal eletrônico, o chamado ?olhômetro?, ou ligam o microprocessador que está no ?chupa-cabras? ao teclado do terminal, onde o cliente digita a senha, para depois repassar os dados para armazenagem na agenda eletrônica.
No escritório da ?Firma? os criminosos trabalhavam durante a semana na produção de tarjas magnéticas e cartões eletrônicos com os dados obtidos no final de semana. Depois de confeccionados os cartões, bastava voltar a uma agência bancária ou casa lotérica para sacar o dinheiro.