A poluição na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, diminuiu. Análise do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) mostra que o número de coliformes fecais chegou a 250 por 100 mililitros de água em julho. Há 3 anos, eram 16 mil coliformes por 100 mililitros. A bióloga Fátima Soares, gerente de Qualidade Ambiental do Inea, diz acreditar que, com a chuva das últimas semanas, o índice deve ter chegado perto de mil, ainda abaixo do padrão exigido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) para considerar a água própria para banho – a qualidade da água é considerada satisfatória quando em 80% da amostra houver no máximo 1 mil coliformes fecais por 100 mililitros.
O presidente da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae), Wagner Victer, que já fala em um eventual “mergulho” na lagoa, atribui o resultado a investimentos de cerca de R$ 50 milhões. “Em 2006, quando eu falava que ia limpar a lagoa, diziam que eu era lunático. Fizemos um cinturão de coleta de esgoto e fechamos mais de 300 ligações clandestinas”, diz ele. “Refizemos integralmente oito elevatórias. A do Leblon foi construída por Getúlio Vargas e a última reforma era de 1958.”
O coordenador da Sede Náutica do Vasco da Gama, Fábio Corrêa, diz que a água melhorou. “Ainda corre esgoto em alguns pontos, mas se falarem que não está melhor é mentira. O cheio é outro. Isso aqui melhorou bastante. Todo mundo comenta.” Antes, conta, era comum remador pegar micose. A mudança atraiu aves e pássaros, diz Fábio.