Senadores da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovaram nesta terça-feira, 23, uma proposta que concede incentivos fiscais a pessoas jurídicas prestadoras de serviços públicos de saneamento básico que aumentarem seu volume de investimentos. O projeto, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), passou por unanimidade em caráter terminativo, ou seja, o texto seguirá diretamente para a Câmara se não houver recurso para ele ser apreciado pelo plenário.

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O texto cria o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento do Saneamento Básico (REISB). Tal regime consiste no desconto de créditos do valor apurado a título de Contribuição para os Programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) e de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidente sobre investimento constante de projeto aprovado pelo Ministério das Cidades.

Para ter acesso aos incentivos, de acordo com o texto aprovado, só poderão ser aprovados projetos que sigam as diretrizes do Plano Nacional de Saneamento Básico (PNSB) e que representem um adicional com relação ao valor médio anual de investimentos da pessoa jurídica em serviços públicos de saneamento básico, considerado o período de 2010 a 2014, a ser corrigido anualmente pelo Índice Nacional de Custos da Construção (INCC). O regime especial produzirá efeitos a partir de 2016.

Em seu parecer, o senador Blairo Maggi (PR-MT) afirmou que as empresas de saneamento foram “muito prejudicadas” pela alteração da forma de tributação da Cofins e do PIS/Pasep. Ele destacou ainda que grande parte das doenças tratadas no Sistema Único de Saúde (SUS) decorre das más condições de saneamento.

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“O modelo institucional proposto, de aprovação de projetos pelo Ministério das Cidades, assegurará que os créditos constituídos em benefícios das empresas de saneamento sejam direcionados para a universalização do atendimento e para a ampliação dos investimentos”, defendeu Blairo Maggi.