O cadeirante Geraldo Evangelista de Almeida, de 42 anos, que teve o corpo incendiado durante uma discussão em Itapeva, no sudoeste paulista, morreu na noite de segunda-feira, 12, em São Paulo. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Centro de Tratamento de Queimaduras de Tatuapé, na zona leste da capital, e não resistiu à gravidade das queimaduras. Almeida foi queimado com gasolina pelo eletricista Valmir Aparecido Alves, de 39 anos, em frente a um bar na Vila Aparecida. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito e a vítima tinham envolvimento com o tráfico de drogas.
O crime aconteceu no dia 25 de maio. Após discutir com o cadeirante, Alves foi até sua casa e retornou com o combustível. Ele despejou o líquido e ateou fogo. Moradores usaram extintores para apagar as chamas que envolviam o corpo de Almeida. A vítima foi internada na Santa Casa local com 75% do corpo com queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus. O acusado chegou a ser detido, mas foi liberado para responder pelo crime de lesões corporais.
O cadeirante ficou à espera de vaga em unidade especializada no tratamento de queimados, mas a transferência para o hospital de Tatuapé só ocorreu no último dia 3. O corpo de Almeida foi sepultado em Itapeva. Com a morte da vítima, o delegado Paulo Roberto Fonseca, do 3º Distrito Policial, vai pedir a prisão preventiva do autor do crime. Ele será indiciado por homicídio doloso – com intenção de matar.