A Polícia Federal prendeu Odilon Cândido Bacellar Netto e Altemir Antônio Castelli, acusados de fraude com o uso de contas CC-5 mantidas na agência do Banestado em Foz do Iguaçu, por meio do banco paraguaio Plus – Inversión y Fomento. Bacellar Netto foi preso em Belo Horizonte (MG), enquanto Castelli estava em Foz. As prisões foram requeridas pelo Ministério Público Federal dentro de uma das nove denúncias apresentadas no início do mês.
Segundo o MPF, Bacellar Netto supostamente atuava como aliciador de “laranjas”, tendo movimentado quase R$ 5 milhões, obtendo comissões de corretagem de até 0,1%. Ele também teria movimentado contas, em nome de “laranjas”, em Belo Horizonte, cidade onde mora, e em Itabirinha de Mantena (MG). Há também indícios apontando que Bacellar Netto teria depósitos no exterior. A Justiça Federal entendeu que ele ofereceria risco à instrução criminal, à ordem pública e econômica brasileiras, e à aplicação da lei penal, caso mantido em liberdade.
Em relação a Castelli, a denúncia aponta que efetuou sete depósitos em uma conta do Banco Plus, no valor de R$ 452,6 mil, transferido posteriormente para uma conta do IFE Banco Rural, no Uruguai. Pela denúncia, ele também aliciava “laranjas”, tendo creditado em nome deles mais de R$ 17,5 milhões no banco Plus.
No dia 8 de agosto, a Polícia Federal, por crimes de remessa ilegal de recursos ao exterior, já havia prendido Divonzir Catenacci, em Curitiba. Também foram expedidos mandados de prisão para Rubens Catenacci, Victor Manuel Decould Cardenas e Oscar Cardenas. Eles dirigiam a Casa de Câmbio Imperial, que teria remetido mais de US$ 500 milhões ao exterior.