O cachorro Zeca, que ficou famoso após ser roubado em um arrastão na zona sul de São Paulo e em seguida resgatado pela Polícia Civil, foi transformado em um boneco infantil.
A iniciativa foi da artesã Tatiana Albertini, 33, que há 20 anos produz bonecos, além de réplicas de outros objetos, com massa de modelar. “Eu sou “cachorreira”, tenho três cães, então acompanhei a história do Zeca desde o começo”, conta.

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Ela, que conheceu pelo Facebook o personal trainer Cristiano Maffra, 34, dono de Zeca, diz que a ideia surgiu de uma brincadeira. “Eu disse que ia fazer um boneco dele e do Zeca e iria ficar rica, porque a mulherada estava enlouquecida pelo personal”, conta. “Aí, ele me falou: por que você não faz só o Zeca?”.

O primeiro modelo do Zeca ficou pronto na última quarta-feira. Desde então, Albertini tem recebido encomendas de bonecos do Zeca ou de seus próprios bichos de estimação.

“Zecaman”

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Maffra faz questão de dizer que não quer transformar seu cachorro em um produto.
“As pessoa veem o bonequinho e falam: “Nossa, o cara vai lançar um brinquedo do Zeca’. Não vou lançar brinquedo nenhum”, diz o personal trainer. “Eu só estou divulgando o trabalho de uma pessoa que fez uma peça, artesanal, pra me dar de presente.”

E se a artesã Albertini transformou Zeca em um boneco, Maffra diz que quer lançar o “Zecaman”, um cachorro super-herói de histórias em quadrinhos.

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“Um amigo fez um esboço de um cartoon do Zeca, um pouco como se ele fosse um super-herói. Nós fizemos alguns contatos e tivemos a ideia de transformar o Zeca em quadrinhos ou em um livro infantil”, diz Maffra.

Segundo ele, que para conceber o personagem contou com a ajuda do produtor de vídeos Blake Farber, a primeira história do super-herói “Zecaman” será a do seu sequestro. “Só que a gente vai tirar a parte da violência e deixar só a parte legal, engraçada. Vamos mostrá-lo perdido, na periferia, com as crianças ajudando ele”, diz.

Os quadrinhos de Zeca, no entanto, ainda são incertos. Até agora, não há acordo com nenhum artista ou editora para lançar o projeto. “Nós só tivemos a ideia e sabemos que queremos e vamos fazer. Mas ainda não sabemos como”, conta Maffra, que diz querer reverter parte do lucro com as vendas para projetos sociais ligados a crianças da periferia.