A fuga de um cachorro durante uma conexão da Latam provocou o fechamento da pista do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, por volta das 13h30 desta quarta-feira (19). O animal de estimação ainda era procurado no fim da tarde.

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De acordo com a empresa aérea, o incidente ocorreu no desembarque do voo LA3029 (Cuiabá-São Paulo) e o cachorrinho seguiria no LA3080 (São Paulo-Florianópolis).

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Segundo apurou a reportagem com um funcionário do aeroporto, o animal correu para o pátio dos aviões. Pilotos que se preparavam para decolar foram informados de que era preciso esperar pelo resgate. Teria sido emitido um alerta de emergência.

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Em nota, no fim da tarde desta quarta, a Latam disse lamentar profundamente o ocorrido e que estava atuando com equipes de buscas no entorno do aeroporto para encontrar o cachorrinho.

A companhia aérea confirmou que a pista de Congonhas precisou ser interditada por alguns minutos, mas que as operações já estavam normalizadas.

Procurada para falar quanto tempo a pista ficou fechada e quantos voos foram prejudicados, a Infraero, responsável por Congonhas, não havia retornado até a publicação desta reportagem.

No fim do ano passado, a vira-lata Pandora desapareceu durante uma conexão no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. O animal só foi encontrado 45 dias depois e voltou para seu tutor em 30 de janeiro.

Pandora ia do Recife para Navegantes (SC) quando escapou da caixa de transporte –obrigatória para esse tipo de viagem– e desapareceu durante conexão de voo da Gol, em 15 de dezembro.

Nesse período, o tutor fez mobilizações nas redes sociais e contou com apoio jurídico e de grupos em busca da cachorrinha.

Na ocasião, a Gol informou que nunca deixou de prestar assistência e que lamentava o incidente. Afirmou, ainda, que, após o caso, adotou uma série de medidas na tentativa de encontrar Pandora.

Essa é a segunda vez no mês que Congonhas sofre com fechamento de pista por causa de um incidente. No último dia 9, a pista principal de Congonhas foi bloqueada por cerca de nove horas após o estouro de um dos pneus de um jato executivo.

O acidente provocou um efeito cascata nos principais aeroportos do país. Ao todo, 230 voos tiveram de ser cancelados de domingo (9) a segunda-feira (10), quando o saguão registrou longas filas e esperas de até quatro horas.

Congonhas foi leiloado em agosto. Única concorrente, a espanhola Aena arrematou o aeroporto e mais dez terminais por R$ 2,45 bilhões.

Moradores de bairros próximos foram, em vão, à Justiça para tentar barrar o leilão, com receio de que o número de pousos e decolagens aumente.