Cacciola diz que está tranqüilo e confiante na Justiça

O ex-banqueiro Salvatore Cacciola disse na manhã desta quinta-feira (17), em entrevista na sede da Polícia Federal, no centro do Rio de Janeiro, que chega ao Brasil "tranqüilo" e confiante na Justiça. Cacciola fez questão de lembrar que dez outras pessoas condenadas no mesmo processo, por desvio de dinheiro público, estão livres e trabalhando.

"A única diferença é que eu estava na Itália", afirmou. Cacciola disse também que não estava foragido, uma vez que saiu do Brasil "oficialmente, com passaporte". "Só quando cheguei lá [na Itália], o ministro Velloso [Carlos Mário Velloso, então ministro do Supremo Tribunal Federal] anulou a decisão do ministro Marco Aurélio Mello [que havia concedido habeas corpus a Cacciola], aí eu resolvi não voltar mais", explicou.

Ele disse ainda que "foi um erro" ter ido ao Principado de Mônaco, passar um fim de semana de lazer, onde foi preso em setembro do ano passado. O ex-banqueiro tem nacionalidade italiana e não poderia ser extraditado de lá para o Brasil, graças a acordos diplomáticos.

Cacciola não quis dar conotação política à sua prisão. "Não sei se tem, estou à disposição da Justiça", afirmou. O ex-banqueiro desembarcou no início da manhã desta quinta-feira (17) no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro. Em seguida, foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, na Praça Mauá, zona portuária do Rio, e está sendo encaminhado a uma unidade prisional do estado.

Salvatore Cacciola foi condenado à revelia no Brasil, em 2005, a 13 anos de prisão. Ele foi acusado de gestão fraudulenta e desvio de dinheiro público. Em 1999, com a desvalorização do Real, para evitar a falência do Banco Marka, o Banco Central socorreu a instituição em uma operação que gerou prejuízo de R$ 1,5 bilhão aos cofres da União.

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