Rio – ?Fui eu?. Foi assim que Leonardo de Carvalho Marques, de 21 anos, confessou ontem, ter assassinado o ambientalista Dionísio Júlio Ribeiro Filho, na noite de terça-feira, na área da Reserva Biológica do Tinguá, no Rio. Em depoimento, ele afirmou que matou Ribeiro por vingança, porque ele denunciava suas atividades ilegais: a caça de animais e a extração de palmito. A polícia do Rio ainda apura se Marques agiu sozinho ou se o crime foi encomendado – hipótese considerada forte pela Polícia Federal, que também acompanha o caso. Segundo a tese da polícia fluminense, o rapaz planejou o assassinato. Quando soube que sua vítima participaria de uma reunião com moradores de Tinguá, na noite de terça-feira, resolveu esperá-lo na estrada por onde ele passaria para ir para casa. Vestiu-se com roupa camuflada, cobriu o rosto com uma touca, pegou uma de suas armas, uma espingarda calibre 28, e três cartuchos e ficou de tocaia. Quando o ambientalista passou ele atirou. Os policiais chegaram a Marques graças a telefonemas recebidos pelo Disque-Denúncia, provavelmente feitos por integrantes da comunidade, que gostavam muito de Ribeiro. O caçador foi detido como suspeito um dia depois do crime, mas liberado porque não havia provas contra ele.
