Cabral diz que número de mortos no Rio chega a 40

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), informou hoje que chega a 40 o número de mortos no Estado em consequência das chuvas que atingem o Rio desde ontem. Houve mortes na capital, em Niterói e de uma pessoa em São Gonçalo, segundo o governador.

Cabral afirmou que esta é “a maior enchente da história do Rio de Janeiro”. Ele disse que desabamentos em áreas de risco foram a principal causa das mortes e criticou governantes “que, por demagogia, permitiram, no passado, que áreas de risco fossem ocupadas”.

O governador afirmou que os transtornos no trânsito e nos trens e os alagamentos das ruas são um problema menor diante das mortes. “Tudo isso é horrível, é um transtorno, mas não mata”, afirmou, ao deixar o hotel Copacabana Palace, onde se reuniu durante 30 minutos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apelo

Lula fez um apelo para que pessoas que moram em áreas de risco no Estado do Rio de Janeiro deixem suas casas o mais rapidamente possível e esperem a chuva passar para ter noção dos danos provocados.

“Por favor, saiam. É preciso que as pessoas estejam vivas para enfrentar o problema. Contra as intempéries, não há ser humano que possa enfrentar, quando são muito grandes. Eu soube que esta é a pior enchente do Rio de Janeiro, pior que a de 1966, a de 1988 e a de 1996. Vamos esperar a chuva passar para ver quais são as necessidades mais imediatas”, afirmou o presidente, que está desde a noite de ontem no Rio.

Lula deixou o hotel Copacabana Palace para participar de uma reunião na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O presidente disse que a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) vai incluir um amplo planejamento de dragagem e de contenção de áreas de risco.

O presidente ressaltou que os problemas de enchentes atingem vários Estados do País e que a maior parte é causada pela ocupação desordenada. “Se você for ao meu apartamento em São Bernardo, até lá tem água, tem infiltrações”, disse.

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