O juiz da 5ª Vara Civil de Ribeirão Preto (SP), Paulo Cícero Augusto Pereira, condenou o bufê Renato Aguiar a pagar R$ 450 mil, por danos morais e materiais, à família do estudante Rodrigo Bonilha, morto com um tiro nas costas, em janeiro de 2008, em frente ao estabelecimento, localizado em área nobre da cidade. Bonilha, que tinha 18 anos, foi atingido pelo disparo do segurança do bufê, Aurelito Borges Santiago, que responde criminalmente pela morte.
A sentença, de sexta-feira, 3, é em primeira instância e a defesa do bufê irá recorrer, pois alega que o segurança estava fora do estabelecimento no momento do crime e que o proprietário não pode ser responsabilizado por seus atos.
Bonilha voltava de uma festa com quatro amigos quando foi atingido pelo tiro. Santiago alegou à polícia que o disparo foi acidental e que não teve a intenção de matar o jovem. Ele confessou ter atirado por se sentir ameaçado pelo grupo, que estaria tentando danificar um veículo do bufê. Apesar do socorro, Bonilha morreu. Santiago, que tinha dois anos de trabalho no bufê, fugiu e só se apresentou após conseguir um habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que o mantém em liberdade.
A família de Bonilha quer responsabilizar o autor do crime e a empresa que o contratou na Justiça. Na esfera criminal, em julho de 2010, a juíza da 2ª Vara de Execuções Criminais, Isabel Cristina Alonso Bezerra dos Santos, determinou que Santiago fosse a júri popular. A defesa recorreu.