O advogado Francisco Simim, um dos defensores do goleiro Bruno Fernandes de Souza, disse nesta hoje que o seu cliente “ficou chocado demais com a perda” do primo Sérgio Rosa Sales, assassinado com seis tiros na manhã de ontem, na região norte de Belo Horizonte.

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Segundo o advogado, que visitou Bruno nesta manhã, o goleiro recebeu a informação da morte de Sérgio por pessoas do presídio, logo depois que a notícia começou a ser divulgada, ainda na manhã de ontem.

“Eu fui lá na penitenciária para ver como ele está psicologicamente. O Bruno está normal, está legal”, afirmou Simim, que acrescentou que o goleiro espera agora o julgamento do habeas corpus pelo STF (Supremo Tribunal Federal) que poderá mantê-lo preso até o julgamento ou permitir que aguarde em liberdade.

Embora réu no processo da morte de Eliza Samudio juntamente com Bruno e mais cinco pessoas, Sérgio era uma peça-chave no processo.

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Ele foi o único entre oito réus que prestou depoimentos durante o inquérito policial e, segundo a polícia, ajudou na elucidação do crime – embora o corpo da ex-amante do goleiro nunca tenha sido encontrado. Depois, Sérgio negou as versões, mas ganhou a liberdade da Justiça por ter colaborado.

Sérgio foi secretário de Bruno no Rio, quando ele jogava pelo Flamengo. Ele perdeu o cargo para Luiz Henrique Romão, o Macarrão, com quem tinha rixa.

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Macarrão também é réu no processo e, segundo a defesa de Bruno, foi ele quem teria planejado a morte de Eliza, à revelia de Bruno. Teria feito isso por ciúmes. A defesa de Macarrão nega.

Simim não acredita que o assassinato de Sérgio tenha ligação com o caso, apesar de o advogado afirmar que o primo de Bruno “era trabalhador, não tinha problema com ninguém e não estava envolvido com drogas”.

“Mas estão dizendo que ele namorava uma mulher que era comprometida ou casada, não sei, e que tinha dado um tapa no rosto de alguém em um jogo de futebol”, disse Simim, reproduzindo rumores ditos em programas de rádio e TV que não foram comentados pela polícia.

 

Segundo a Polícia Civil, a hipótese de queima de arquivo está sendo investigada, como todas as outras que possam existir. A polícia ainda não tem pistas e nem suspeitos.

 

Enterro

O corpo de Sérgio, 24, foi enterrado no final da manhã de hoje, em um cemitério da zona leste de Belo Horizonte. Os parentes choraram a perda do rapaz e alguns tiveram que ser amparados. Ninguém quis falar sobre o caso.

Desde ontem, a reportagem não consegue entrar em contato com o advogado de Sérgio.