Criado há cerca de uma semana, o site do Movimento Romanée-Conti Para Todos (MRCPT, www.mrcpt.hpg.com.br) já atingiu a marca de 3,5 mil acessos diários, para delícia e glória dos criadores da brincadeira, o jornalista carioca Sérgio Sá Leitão, e um grupo de amigos.
Eles inspiraram-se em frase do carnavalesco Joãosinho Trinta (“Povo gosta de luxo; quem gosta de miséria é intelectual”) e na polêmica do vinho que deram de presente a Antonio Palocci, do PT, e cujas taças chegam a custar R$ 1,2 mil (cada uma). O “objetivo” é que cada brasileiro, do Alto Amazonas ao Baixo Chuí, usufruam do vinho. Agora, o Subcomandante Leitão – como ele se intitula – fala em ampliar suas bandeiras.
Leitão tem “planos” de “socializar para as massas” a experiência de comer nos restaurantes Antiquarius, Saint-Honoré e Claude Troisgros, no Rio. “Os brasileiros precisam ter acesso não apenas a essas cozinhas, mas também a suas adegas e charutarias.” Uma Gisele Bündchen para cada brasileiro também está nos planos da organização (e um Gianecchini, claro, para as brasileiras).
Simpático a Lula, Leitão diz que o movimento é filiado à “esquerda aristocrática”, uma esquerda que sabe que “um Romanée-Conti propicia experiências sublimes com qualquer idade (de maturação), dependendo do gosto do freguês”.
Segundo o militante, o MRCPT é um movimento aberto aos brasileiros de boa vontade e bom gosto. “O objetivo é a socialização do prazer, mesmo para os que, por ignorância ou exclusão social, não conhecem as boas coisas da vida. Se tiver uma oportunidade, cada brasileiro pode se tornar um aristocrata de esquerda.”