Tradição centenária nos festejos juninos de Cruz das Almas (BA), 146 quilômetros a oeste de Salvador, a chamada “guerra de espadas” – desafio com uso de artefatos feitos com bambu, pólvora e limalha de ferro – já faz vítimas na cidade. Mesmo com o uso do equipamento restrito por lei apenas para os dias 23 e 24 (em áreas específicas do município), os artefatos feriram 46 pessoas entre a tarde e a noite de ontem, na praça central da cidade, quando foi realizado o casamento matuto, evento com duas décadas de tradição.

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Todas as vítimas tiveram ferimentos leves, por pequenas queimaduras ou traumas causados pelo impacto dos fogos. Entre os feridos, um adolescente de 13 anos, uma idosa de 84 anos e um policial militar – que tentava impedir a brincadeira. Ninguém foi detido.

Segundo a delegacia do município, a principal preocupação neste ano é com as comemorações dos jogos do Brasil na Copa do Mundo. Segundo os policiais, a cada edição do evento esportivo o número de feridos aumenta.

No ano passado, 220 pessoas foram atendidas nos hospitais e postos de saúde da região por causa dos artefatos. O caso mais grave foi o de um jovem de 18 anos, que perdeu um olho durante a brincadeira. Na Copa de 2006 o número de feridos chegou a 375.

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