Henri, de cinco meses, é um bebê muito tranquilo, mas que precisa de alguns cuidados médicos para continuar se desenvolvendo. Ele nasceu com síndrome de Down e com um problema no coração – que manda uma quantidade de sangue muito grande para o pulmão. A mãe Carolina Heras, 20 anos, está conseguindo garantir todo o tratamento do bebê vendendo brigadeiros. No entanto, ela ainda quer encontrar um emprego que lhe garanta um salário fixo, mas não pode enfrentar uma jornada de trabalho muito longa, pois quer continuar dando atenção ao filho.
A iniciativa de Carolina, a ‘Brigadeiro do Bem’, paga hoje a medicação de Henri (R$ 350 por mês), o leite especial sem lactose (R$ 280 por mês), a fisioterapia ( R$ 280 por mês), a fonoaudiologia (R$ 400 por mês) e o plano de saúde (R$ 260 por mês). Apenas com os gastos listados acima, os custos chegam a R$ 1.570 que são cobertos com a venda de brigadeiros.
“Henri é muito bonzinho e brigadeiro é muito fácil de fazer. Então, consigo fazer a massa durante o dia e meu marido me ajuda à noite enrolando os doces e fazendo entregas”, conta Carolina. Apesar do sucesso da ‘Brigadeiro do Bem’, ela ainda está procurando um emprego, pois precisa de um salário fixo.
A jovem trabalhava como vendedora na loja Sephora, no Ribeirão Shopping, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, antes de ter Henri. Mas pediu demissão um mês após voltar da licença maternidade. Um dos motivos foi não ter sentido apoio da empresa quando precisou se ausentar durante uma semana para uma cirurgia do filho. “Não posso mais trabalhar em shopping, são muitas horas e eu nem conseguiria encontrar uma escolinha para deixar o Henri por tanto tempo. Também não posso abandonar os brigadeiros, preciso conciliar os cuidados com o Henri, a ‘Brigadeiro do Bem’ e o trabalho.”
A família espera a terceira cirurgia de Henri, que deve acontecer em seis meses para corrigir o problema no coração. O bebê já passou por outras duas operações.