O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, liberou mais de R$ 1,1 milhão recuperados de investigações sobre corrupção, como a Operação Lava Jato, ao Gabinete de Intervenção Federal (GIF), responsável pela Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro. A verba será destinada à compra de insumos e equipamentos da polícia técnica da Polícia Civil.

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Ao todo, foram liberados R$1,132 milhão para a compra de luminol (utilizado para a identificação de sangue oculto), reagentes para identificação de esperma, kits de identificação humana em exames de DNA, solventes para exames de toxicologia e patologia, além de pó e pincel para levantamento de impressão digital.

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Em nota, o interventor federal General Braga Netto disse que a polícia técnica “é uma área fundamental para garantir a qualidade das investigações” da Polícia Civil. “Agradeço ao juiz Marcelo Bretas por essa parceria”, disse o interventor.

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“É uma contribuição inestimável para a Polícia Civil do Rio de Janeiro”, disse o Coronel Roberto Itamar, porta-voz do Gabinete de Intervenção Federal, nas redes sociais.

Segundo o GIF, o material chegará aos policiais no fim de julho e será recebido por comissões mistas de peritos e integrantes do gabinete. As aquisições foram realizadas por processos administrativos da Justiça Federal. “O Gabinete de Intervenção Federal também fez cotações para garantir o menor preço e subsidiar a Justiça Federal na aquisição dos produtos.”

Negociação

O uso de verbas recuperadas pelas investigações de corrupção como a Lava Jato têm sido discutida desde o começo do ano. Em março, o juiz Marcelo Bretas se reuniu a portas fechadas com o interventor Braga Netto para tratar do assunto.

À época, o coronel Roberto Itamar, porta-voz do Gabinete de Intervenção Federal, disse acreditar que a liberação dos recursos seria feita em pouco tempo. “Esses recursos normalmente são destinados a equipamentos de tecnologia de investigação para a Polícia Civil e também para manutenção e aquisição de veículos para o apoio às polícias Civil e Militar”, disse.

A liberação de verbas para atividades do Estado não é inédita. Em 2017, Bretas já havia garantido milhões para o pagamento de salários atrasados e para a reforma de escolas.