Uma nova molécula sintetizada em laboratório – que teve base em compostos naturais achados em bactérias marinhas – pode ser o ponto de partida para uma nova droga contra a malária, aponta novo estudo de cientistas brasileiros. Segundo os autores da pesquisa, publicada recentemente na revista Journal of Medicinal Chemistry, a nova molécula foi capaz de matar o Plasmodium falciparum, protozoário causador da doença, incluindo a linhagem que resiste a antimaláricos convencionais.

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De acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil teve 174.522 casos de malária notificados ao longo de 2017, na Região Amazônica. O número aumentou em relação ao ano anterior, quando foram reportados 117.832. Segundo a entidade, em 2016 foram registrados 216 milhões de casos da doença, que provocou a morte de 445 mil de pessoas no mundo.

Os cientistas testaram a molécula em culturas in vitro e também realizaram testes em camundongos, utilizando um modelo para estudos da malária em animais. De acordo com um dos autores do artigo, Rafael Guido, do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), a molécula mostrou alto poder contra o Plasmodium falciparum e é altamente seletiva, isto é, atua apenas no protozoário, sem causar danos às células do organismo do hospedeiro.

“Nos testes em animais, a molécula conseguiu reduzir 62% da quantidade de parasitas no sangue já no quinto dia de testes”, afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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