Brasileiras defendem as mulheres árabes

Brasília – Faixas de protesto contra a opressão das mulheres árabes foram empunhadas ontem por um grupo de feministas brasileiras numa manifestação próxima ao Centro de Convenções de Brasília, sede da Cúpula América do Sul-Países Árabes. Na tentativa de chamar a atenção dos participantes do encontro, as brasileiras usavam ?hijabs?, véus que cobrem mulheres dos pés à cabeça usados na Arábia Saudita. Ao final do protesto, atearam fogo em uma das vestimentas.

Fundadoras do Movimento de Solidariedade às Mulheres dos Países Árabes, as mulheres produziram documento endereçado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos chefes de Estado dos países da América do Sul e árabes. No documento, as feministas pedem que o Brasil condicione a assinatura de acordos diplomáticos ao respeito à igualdade entre homens e mulheres nos países árabes.

Uma das manifestantes, a professora universitária Ariadne Jacques, viajou do Rio de Janeiro, onde mora, para Brasília disposta a entregar o manifesto ao presidente Lula e a representantes dos países árabes. ?Somos solidárias à causa das mulheres árabes porque não podemos aceitar que ainda exista mutilação genital?, afirmou.

Militares

Dispostas a chamar a atenção do governo brasileira, esposas de militares também quiseram aproveitar o encontro para protestar contra os baixos salários de seus maridos. Foram segunda-feira à noite, em frente ao Itamaraty, para rápida manifestação. Mas foram advertidas por policiais e tiveram de se retirar do local.

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