Brasileira acusa polícia suíça de maus-tratos

Uma brasileira que acusa a polícia da Suíça de maus-tratos causa polêmica no país. Jaqueline Lima, de 26 anos, foi presa por sete dias por ter vivido sem visto na Suíça e tentado retornar. Tratada como criminosa, a mulher se queixou no consulado brasileiro e na embaixada de maus-tratos. Ela afirmou que teria sofrido revista anal por parte da polícia antes de ser presa. A policia nega as acusações, mas admite que a revista completa – inclusive das partes íntimas – era "imperativo" para verificar se a brasileira levava drogas.

A prisão ocorreu no dia 26 de março quando a brasileira fazia uma visita à Suíça. Jacqueline havia morado no país em 2003 sem autorização. Acabou expulsa e impedida de voltar para lá. A polícia, no entanto, identificou que, em 2007, ela também esteve em Genebra, violando a determinação da Justiça.

Ha duas semanas, quando tentou retornar à Suíça, Jaqueline foi pega e obrigada a cumprir pena de sete dias. Segundo ela, que vive com seu marido na França, a viagem de volta era apenas de turismo.

Antes de ser levada para a cadeia, passou uma noite em uma delegacia de polícia na cidade de Lausanne. Jaqueline contou ao jornal suíço "Le Matin" que lhe foi negado ir ao banheiro naquela noite e comer. Além disso, afirmou que os policiais não a deixaram tomar seus remédios. A brasileira foi transferida no dia seguinte para a prisão em Chaux de Fonds.

O problema, segundo ela, ocorreu na delegacia. "Achavam que era uma prostituta", afirmou a brasileira, que é casada. Seu marido ficou sem qualquer informação até o dia seguinte. Segundo Jaqueline, seus remédios foram confiscados e ela foi obrigada a pedir várias vezes para ir ao banheiro. "Fui humilhada", afirmou. Em uma carta à embaixada brasileira, a família alega que "o fato de ser estrangeiro acaba fazendo com que o tratamento seja pior que de uma animal na Suíça".

A polícia do Cantao de Vaud, onde fica Lausanne, nega qualquer acusação de maus-tratos. Segundo o relato das autoridades, Jaqueline recebeu um sanduíche para se alimentar e foi autorizada a tomar seus remédios oito horas depois de sua prisão. A polícia, porém, admite que ser presa e interrogada "nunca é uma experiência agradável" e alega que a brasileira estava nervosa.

"Quanto à revista completa, que implica as partes íntimas, ela e indispensável: certas pessoas podem esconder objetos perigosos ou drogas. Isso é para sua proteção – a polícia é responsável por sua segurança – e pela segurança dos policiais", afirmaram as autoridades.

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