O Brasil já tem mais de 6 milhões de pessoas infectadas pela Covid-19, desde o início da pandemia. Nesta sexta-feira (20), foram registrados 34.516 novos casos da doença e 521 mortos pelo novo coronavírus. Dessa forma, já são 168.662 óbitos acumulados.
Além dos dados diários do consórcio, a Folha de S. Paulo também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 544, o que representa um cenário de aumento de mortes em relação à média de 14 dias atrás. Nas últimas semanas, o país variou entre situações de queda da média e estabilidade.
A média, porém, foi afetada por um recente apagão de dados de alguns estados. De toda forma, dados do país têm mostrado tendências de aumento de casos de Covid-19.
Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha de S. Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
O Brasil tem uma taxa de 80,5 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (253.943), e o Reino Unido (54.381), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 77,7 e 81,8 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O Brasil já ultrapassou a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (80,4).
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 100.104 óbitos, tem 79,3 mortes para cada 100 mil habitantes.
Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 110,8. O país tem 35.446 óbitos pela Covid-19.
A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 132.162 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 9,8 óbitos por 100 mil habitantes.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 82,1 mortes por 100 mil habitantes (36.532 óbitos).
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.