Ao lado do Cazaquistão, o Brasil foi o país que mais se desenvolveu em tecnologias de informação e de comunicação entre 2010 e o ano passado, segundo a agência da ONU responsável pelo setor, a UIT (União Internacional de Telecomunicações).

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No IDI (índice de desenvolvimento em tecnologias da informação), ambos países subiram sete posições em relação ao ano anterior -o Cazaquistão para a 49ª colocação e, o Brasil, para a 60ª.

Apesar da evolução, o Brasil -sexta maior economia mundial- segue atrás de países como Bahrein, Barbados, Brunei, Lituânia, Omã e Qatar. O indicador contempla a capilaridade das tecnologias, seus preços, a parcela da população que tem acesso a elas e o número de assinaturas de internet fixa, móvel e de telefonias fixa e móvel.

As informações foram divulgadas no estudo Mensurando a Sociedade de Informação de 2012. A Coreia do Sul se manteve no topo dos países com maior desenvolvimento em telecomunicações, seguida de Suécia, Islândia, Finlândia, Holanda, Luxemburgo, Japão, Reino Unido e Suíça, respectivamente.

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Os EUA, maior economia do mundo, ficaram na 15ª colocação, muito distante da China, na 78ª. Entre os países desenvolvidos, o Reino Unido apresentou a maior evolução: saltou da 14ª colocação para a nona.

Vizinha brasileira, a Argentina ocupa o 56º lugar, atrás de Uruguai (50º) e Chile (55º) e à frente de Colômbia (76º) e Paraguai (97º). No Brasil, as empresas de telecomunicações, junto com bancos, encabeçam a lista de maior número de reclamações por parte de consumidores.

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6 bilhões de linhas

Ao final do ano passado -quando a população do planeta era de 6,97 bilhões, segundo o Banco Mundial-, havia 6 bilhões de linhas de telefonia móvel, medidos em números de chips SIM, segundo UIT.

O número representa 86 linhas móveis para cada 100 pessoas e um aumento de cerca de 10% em relação a 2010 (quando havia por volta de 5,4 bilhões de linhas).

O Brasil é um dos responsáveis pelo alto número de assinaturas: segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), o país tinha 245 milhões de linhas móveis em janeiro (125 para cada 100 habitantes).

O alcance das redes 2G de celular (EDGE e GSM, por exemplo) é de 90% da população do planeta, segundo a UIT, enquanto o 3G chega a somente 55% das pessoas. Não há dados sobre o 4G.

Abismo

Ainda há diferenças notáveis entre países desenvolvidos e emergentes nas telecomunicações. Os valores do índice IDI do primeiro mundo são, em média, o dobro do dos países em desenvolvimento, diz a UIT.

Nas nações mais ricas, 70% da população está on-line, contrastando com os 24% das mais pobres, segundo o estudo. O número de residências conectadas à internet também é superior nos países desenvolvidos: são 70% contra 20% nos emergentes.