São Paulo (AE) – O presidente da Brasil Telecom (BrT), o economista carioca Ricardo Knoepfelmacher, de 40 anos, quer passar uma borracha na marca que o banqueiro Daniel Dantas e o Opportunity imprimiram durante os cinco anos que comandaram a operação da empresa. Com aval dos acionistas que hoje formam o bloco de controle – fundos de investimentos do Citicorp, Telecom Italia e fundos de pensão liderados por Previ -, a intenção é mostrar que a BrT, longe dos escândalos e disputas acionárias, é uma empresa séria e disposta a se firmar entre as mais rentáveis e modernas do País, sem precisar de fazer lobby político para tal. ?Vamos investir entre R$ 2,1 bilhões e R$ 2,3 bilhões este ano?. A BrT tem hoje 9,7 milhões de usuários de telefonia fixa em nove Estados mais 2 milhões de usuários de celulares.
Ricardo K, como é chamado na empresa para driblar o sobrenome quase impronunciável, promete agir em duas frentes para virar a página do passado recente: na Justiça contra o banqueiro Daniel Dantas e na propaganda, com uma nova imagem da operadora começando a ser veiculada a partir da próxima semana, com campanha criada pela agência global Leo, Burnett. Na Justiça, o que inclui também a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e até pedido de ressarcimento de dinheiro gasto com a contratação da empresa de espionagem Kroll, K espera reaver cerca de R$ 600 milhões aos cofres da Brasil Telecom, embora considere que os prejuízos da gestão de Dantas possam ultrapassar a casa do bilhão.