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Brasília – "O Brasil foi injusto no apogeu colonial, injusto na decadência do império, e apesar de algumas conquistas populares importantes, atravessou ainda injusto 115 anos de república", afirmou ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao participar das comemorações dos 115 anos da Proclamação da República, em Maceió. Lula enalteceu os alagoanos lembrando de pelo menos dois feitos que marcaram presença destes na história brasileira: a luta contra a escravidão e a Proclamação da República.

"A mais longa e significativa rebelião da nossa história contra o regime escravagista teve como cenário o quilombo de Palmares, na serra da Barriga. São filhos de Alagoas os dois principais personagens de outro capítulo memorável da nossa história, a Proclamação da República, que hoje completa 115 anos, os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto".

Durante o discurso, Lula disse que, apesar dos 115 anos de República, muitas lacunas ainda limitam o exercício da cidadania pelo povo brasileiro. O presidente disse que o grande desafio do início deste século é combinar a democracia política com a social e fazer com que todos sejam iguais não somente com relação ao direito à liberdade, mas também iguais para dispor de vida digna com trabalho, saúde, educação, cultura e lazer.

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"O Brasil foi injusto no apogeu colonial, injusto na decadência do império, e apesar de algumas conquistas populares importantes, atravessou ainda injusto 115 anos de república", disse Lula. Ele lembrou que o desafio desta vez não é apenas crescer de forma robusta, mas apresentar ao mundo um crescimento sustentável e transformador, que funcione como alavanca de inclusão social.

"O Brasil sabe gerar riqueza e está ampliando fortemente sua escala produtiva, mas é preciso também distribuir melhor essa riqueza, gerando oportunidades para todos. As forças progressistas do país aprenderam que um novo ciclo de desenvolvimento requer um projeto social que oriente para que o Brasil cresça com justiça e liberdade." O presidente ressaltou as conquistas que o país vem conseguindo como o crescimento da balança comercial, a busca pelo equilíbrio das contas públicas, a promoção da inclusão social e a recuperação do emprego e da esperança. Lula lembrou dos programas sociais de seu governo, como o Bolsa Família, que já beneficia 56% das famílias pobres nordestinas, o que equivale a 2,9 milhões de lares e cinco milhões de famílias.

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