O Brasil registrou no ano passado 21.040 transplantes – um número recorde -, ante 20.053 realizados em 2009. O aumento mais expressivo ocorreu nas cirurgias para transplantes dos chamados órgãos sólidos (coração, fígado, pulmão, rins e pâncreas), com elevação de 7% em relação ao ano anterior. Transplantes de medula óssea, por sua vez, registraram um aumento de 10% no período: de 1.531 para 1.695.
Os números, porém, ainda estampam as imensas disparidades regionais. São Paulo é responsável por 47% dos transplantes realizados no País: 9,9 mil. A marca é quase cinco vezes maior do que a apresentada por Minas Gerais, o segundo colocado. Tocantins, Amapá e Roraima não realizaram nenhuma cirurgia do tipo.
Para tentar reduzir a diferença, o governo quer lançar um projeto de incentivo para Estados onde o serviço é inexistente ou apresenta deficiências. “A ideia é fazer investimento em toda a rede. Mas daremos atenção especial a Estados que têm mais deficiências”, disse o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda.
Para o secretário, é possível aumentar de forma expressiva o número de transplantes no País. “Mas não é necessário que todos os Estados tenham centros responsáveis pela cirurgia. Queremos montar polos transplantadores, que ficarão encarregados do atendimento de pacientes de determinada região.”