O Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) aprovou nesta segunda-feira, 21, uma resolução que prorroga até 2017 o prazo de concessão de visto especial para cidadãos da Síria. A decisão do Conare, vinculado ao Ministério da Justiça, ocorre dois dias antes de expirar uma primeira determinação, de 2013, que estabeleceu a concessão de vistos para afetados pelo conflito sírio.

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“O Conare decidiu pela prorrogação dessa resolução por mais dois anos em vista da permanência da situação de violação grave de direitos humanos naquele País”, ressaltou o presidente do Conare e secretário nacional de Justiça, Beto Vasconcelos. De acordo com Beto Vasconcelos, o Brasil já reconheceu, desde 1997, quando foi estabelecido no País o sistema de refúgio, 8.400 refugiados.

Nesta segunda-feira, 21, após a reunião do Conare, esse número subiu para 8.530. “Desse total, 2.097 são de nacionalidade síria. Já é a maior população de refugiados reconhecidos no Brasil. É um número reduzido perto da dimensão de refugiados sírios no mundo, são mais de 4 milhões. Mas o governo federal, com a sociedade civil e a ONU (Organização das Nações Unidas), tomou iniciativa de vanguarda de estabelecer um mecanismo de recepção de solicitantes de refúgio de nacionalidade síria”, ressaltou.

Os requisitos para emissão do visto é a comprovação de “nacionalidade afetada pelo conflito sírio” e documentação básica de identificação. As declarações são emitidas nas unidades consulares do Brasil e, até o momento, não foi estabelecida uma quantidade limite. De acordo com o presidente do Conare e secretário nacional de Justiça, não há um prazo fixo para a liberação do documento, que tem demorado “semanas e até meses” para ser produzido.

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“O volume de demanda tem sido maior que a capacidade de emissão dos vistos”, ressaltou. Conforme dados do comitê nacional, o maior número de pedidos tem sido de países vizinhos ao conflito sírio, entre eles Turquia, Líbano e Jordânia.

“A pessoa, ao chegar ao Brasil, deve solicitar a concessão de refúgio, que é um processo instruído submetido ao Conare, que julga a concessão ou não do refúgio”, afirmou. Os principais destino dos acolhidos têm sido as Regiões Sul e Sudeste.

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