Brasil precisa “investir em gente”, diz Ciro Gomes

O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) afirmou nesta terça-feira (2) que para o Brasil atingir “novos paradigmas” de desenvolvimento, é preciso enfrentar alguns desafios importantes. “O País não vai prosperar sem uma radical transformação, de aguda interferência no processo de investimento em gente”, comentou o parlamentar, em seminário que comemora os 40 anos da revista Veja, na capital paulista. Ciro destacou que um dos principais desafios que o Brasil precisa enfrentar está relacionado às questões do meio ambiente.

Ao falar do meio ambiente, o parlamentar destacou que o Brasil possui a mais vasta área que pode ser cultivada por agricultores no mundo, mas enfrenta “contradições” muito grandes. Embora não tenha detalhado quais seriam tais contradições, ele citou que há graves problemas de depredação ambiental no território nacional. “Tais dificuldades poderiam ser atacadas com um zoneamento econômico e ecológico que deveria respeitar as especificidades dos ecossistemas”, comentou

Além disso, ele disse que “é necessário um choque de meritocracia”. E defendeu: “É preciso acabar com o corporativismo de pseudo esquerda. É preciso recuperar os centros de excelência (em pesquisa) e valorizar os melhores talentos, como enviar estudantes para o exterior ou trazer pesquisadores que estão fora de volta para o Brasil.

Ciro Gomes destacou que não é contrário à participação do setor privado no processo de desenvolvimento econômico do País. Para ele, é necessário que o Estado realize “parcerias” com as empresas particulares, a fim de incrementar o potencial de expansão do nível de atividade nacional. “É hora do Brasil realizar uma coordenação sadia entre o setor público e o privado para um projeto de País de longo prazo, como ocorre hoje na área de energia. Se o governo precisar da iniciativa privada para (este projeto) tanto melhor”, afirmou.

“Refundar as bases”

O deputado destacou que é preciso também o País “refundar as bases da administração pública”, o que levaria em consideração ser seletivo nos gastos correntes pelo setor público. Para ele, é necessário privilegiar os “processos fins”, como os investimentos em educação, o que já faz parte de um debate entre especialistas e discute até onde as despesas no setor devem ser classificados para efeitos da contabilidade oficial como gastos presentes ou investimentos.

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