O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que ?o Brasil não pode, a priori, ceder o gás que compra (da Bolívia), mas isso não quer dizer que não possa socorrer a Argentina?. Segundo ele, se houver necessidade da Argentina e disponibilidade do Brasil, ?é claro que vamos ajudar, como já fizemos em vezes anteriores?. O chanceler brasileiro está em Buenos Aires participando da reunião entre os países da América do Sul e da Liga Árabe.

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No sábado, os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, da Bolívia, Evo Morales, e da Argentina, Cristina Kirchner, reúnem-se para discutir a questão da divisão do gás boliviano. Na semana passada, o vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, sinalizou que o volume previsto em contrato com o Brasil de 30 milhões de metros cúbicos diários, poderá não ser cumprido, com parte deste gás sendo enviado à Argentina.

Amorim reafirmou que o Brasil não abriria mão do direito de exigir o volume máximo de gás natural da Bolívia. O chanceler explicou que, no ano passado, a Petrobras pôde ceder uma parte do gás, remetido pela Bolívia à Argentina, e também exportar energia hidrelétrica para o seu principal sócio do Mercosul. Neste momento, contudo, há uma grande dificuldade para repetir a fórmula, justificou.

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