O Brasil comprou 9,5 mil toneladas de carne suína no exterior no ano passado, de acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O total é pequeno em comparação com a produção doméstica de 3,03 milhões de toneladas, segundo a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), e do consumo interno de 2,5 milhões de toneladas. As exportações brasileiras do produto em 2008 somaram 530 mil toneladas, conforme a Abipecs.

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Nas importações, entre os quatro maiores vendedores do produto para o Brasil – em sua maioria, miudezas – estão Espanha e Estados Unidos, países em que já há supostas identificações de casos de gripe suína em pessoas.

O maior vendedor da carne suína ao Brasil é a Alemanha, que, em 2008, exportou 5 mil toneladas ao País. Em seguida, está a China, com 2 mil toneladas e, na sequência, Espanha (1 mil toneladas) e Estados Unidos (814 toneladas). Até o momento, em 2009, já foram adquiridas 1,986 milhão de toneladas e a lista dos maiores vendedores ao Brasil foi mantida até agora. Todos os números foram elaborados pela Secretaria de Relações Internacionais do Ministério com base nos dados da balança comercial fornecidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O Ministério da Agricultura ressaltou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o Brasil é um pequeno importador de carne suína e que não há registro de compras efetuadas a partir do México, país, ao que tudo indica, de origem da gripe suína. Não há previsão, até o momento, de embargo de aquisição de carnes dos países que já vendem o produto ao Brasil, segundo a assessoria. O argumento é o de que não há contaminação da doença por meio do consumo do produto.

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O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, participa de seminário, em Curitiba, e a previsão é de que ele retorne a Brasília no final do dia. Ele deve se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda hoje, com quem viajará amanhã para o Acre. Apenas há previsão de agenda do ministro em Brasília na quarta-feira. Quem representou o ministério nas reuniões que ocorrem esta tarde entre técnicos de vários órgãos é o diretor de área animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Jorge Caetano, ao lado de outros técnicos.