O Brasil incorporou na rede pública o medicamento Doultegravir para o tratamento de pacientes com o vírus HIV. A droga inicialmente será ofertada para pacientes que estão iniciando o tratamento contra o vírus e para aqueles que já apresentam resistência a outras drogas.
Produzido pela GSK, o Doultegravir é um inibidor de integrase. De acordo com o ministério, o remédio traz menos efeitos adversos que a terapia usual e facilita a adesão ao tratamento, porque ele é feito apenas com um comprimido diário.
Ele passará a ser usado em associação com tenofovir e lamivudina. Atualmente, essas duas drogas são usadas em associação com Efavirenz.
A droga passará a ser distribuída a partir de janeiro. A expectativa é de que 100 mil pacientes passem a usar o novo esquema de tratamento. O Brasil registra 798.366 casos notificados de aids. A média brasileira é de 40,6 mil casos novos da infecção por ano.
De acordo com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, o preço obtido pelo medicamento é o menor registrado no mundo. O desconto obtido nas negociações, informou, foi de 70%. Cada comprimido vai custar US$ 1,5. Serão adquiridos 40 milhões de unidades.
“Nossa tarefa é ousar”, disse Barros, num discurso que reforça a sua estratégia de imprimir à sua imagem a ideia de eficiência. “Fazer mais por menos”, disse. “Nossa linha de atuação é gestão com qualidade.”
A mensagem é uma tentativa de amortizar as críticas de que, com eventual aprovação da PEC que limita os gastos públicos, o orçamento destinado à Saúde será menor do que o necessário.
O PLOA 2017 enviado ao Congresso prevê para a pasta um valor inferior à variação da inflação deste ano.