O custo da insegurança no Brasil consome quase 11% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. A avaliação integra o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a violência nas cidades. Segundo o estudo, US$ 49 bilhões são gastos no Brasil em segurança por ano – 60% vêm do bolso dos cidadãos.

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Para a entidade, as grandes aglomerações somente serão seguras quando os níveis de desigualdade forem reduzidos. ?O medo do crime é um dos fatores que mais influenciam hoje nossas vidas cotidianas?, afirmou Ban Ki-Moon, secretário-geral da ONU

De fato, o temor da violência no Brasil coloca o País em primeiro lugar em uma enquete que perguntou aos cidadãos se eles se sentiriam seguros em circular durante a noite em suas cidades: 70% dos brasileiros afirmaram que se sentiam inseguros. O ranking segue com África do Sul, Bolívia, Botsuana, Zimbábue e Colômbia. Só 17% dos entrevistados no Canadá temem circular à noite.

O documento indica que 25 mil casas contam com câmeras de vigilância e que hospitais públicos gastam seus escassos recursos para atender vítimas da violência.

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Desde os ataques da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo em maio de 2006, as vendas de carros blindados subiram 33%. O relatório ainda aponta que as companhias de segurança no Brasil já empregam 1,5 milhão de pessoas. Em termos porcentuais, o custo da violência em outros países latino-americanos, porém, é maior que no Brasil. A insegurança custa 25% do PIB da Colômbia e de El Salvador por ano. No México e Venezuela, a taxa é de 12%.