A União Europeia e o Brasil estão otimistas quanto aos resultados práticos que poderão sair da 21ª Conferência do Clima de Paris (COP), no fim do mês. Para o bloco e o governo brasileiro, será possível aprovar metas mundiais ambiciosas de redução de emissões de carbono, como forma de frear o aumento da temperatura do planeta, estabelecer políticas que as tornem realidade e chegar a um consenso sobre a necessidade de balanços de aferição dos números a cada cinco anos.

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Na segunda-feira, 2, a França conseguiu da China aval para o processo de revisão de metas a cada cinco anos. A ideia é que Brasil e China influenciem o G77, grupo dos países emergentes, para que aceitem a revisão.

O relatório divulgado pela Convenção de Clima da ONU no último dia 30 indica que, mesmo se tudo o que tem sido prometido pelos países for cumprido, não será possível manter o aumento da temperatura em menos de 2°C até o fim do século 21. Mesmo assim, o comissário europeu para as mudanças climáticas, Miguel Arias Cañete, disse acreditar que a conferência poderá resultar em um cenário promissor.

Cañete anunciou que estão sendo destinados ¤ 500 milhões até 2020 para países com projetos destinados a obter sucesso na redução das emissões por desmatamento e degradação ambiental. Entre eles, aparece, com destaque, o Brasil.

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Copa

“Não ganhamos a Copa, mas vamos ganhar a COP”, brincou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que abriu ontem, com Cañete, o encontro Clima – Somos todos responsáveis, realizado pela UE e pela WWF no Rio. “Teremos um acordo ambicioso, justo, inclusivo, durável. Ou entregamos resultados ou entregamos resultados. Ninguém procura mais cartas de intenção”, disse ela.

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De acordo com a ministra, na reunião do último fim de semana com África do Sul, China e Índia, foi consolidada uma postura única em prol de um acordo sólido em Paris. Ao apresentar avanços e metas brasileiros – o País pretende chegar a 2030 com menos emissões do que as registradas em 1990, apesar do aumento populacional -, Izabella Teixeira disse que o sucesso dependerá da cooperação dos Estados e municípios. “Se me derem as condições políticas na Amazônia, eu acabo com o desmatamento lá em 2020”, afirmou a ministra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.