Brasília – Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Ricardo Lagos concordaram ontem que Brasil e Chile não devem afrouxar suas ambições em relação ao capítulo agrícola da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC). A apenas três semanas da conferência ministerial da OMC em Cancún, no México, quando será anunciado o fracasso ou a continuidade das negociações, Lula e Lagos acentuaram a decisão do Mercosul e do Chile de atuar em conjunto.
Com o acerto, os presidentes deram mais um impulso para iniciativa levada adiante nesta semana, pelos negociadores brasileiros, de construir uma fórmula alternativa àquela apresentada pelos Estados Unidos e a União Européia e de buscar apoio entre os países em desenvolvimento. No plano bilateral, os presidentes Lula e Lagos concordaram em aprofundar o acordo de livre comércio fechado pelo Mercosul e o Chile em 1996, o mesmo que criou as bases para que os chilenos se associassem ao bloco. “Queremos fortalecer ainda mais a integração do Chile com o Mercosul”, afirmou Lula, em uma declaração para a imprensa logo depois do encontro.
