Londres – O Brasil aparece em 39.º lugar em um ranking de 111 países sobre qualidade de vida publicado pela revista britânica The Economist. O ranking é liderado pela Irlanda, que é seguida imediatamente por outros dois europeus, a Suíça e a Noruega. Os Estados Unidos estão em 13.º lugar e o Canadá, em 14.º.
O país latino-americano mais bem colocado é o Chile, na 31.ª posição, seguido pelo México, que ficou na 32.ª. O Brasil também está atrás da Costa Rica (35.º lugar), mas ficou uma posição à frente da Argentina (40.º). O Uruguai está em 46.º; o Panamá, em 47.º; o Equador, em 52.º; o Peru, em 53.º; a Colômbia, em 54.º; El Salvador, em 56.º, e a Venezuela, em 59.º. Todos esses países superam a China, que aparece em 60.º lugar. Bem mais abaixo ficaram o Paraguai (74.º) a Nicarágua (76.º), a República Dominicana (79.º), a Bolívia (82.º), a Guatemala (91.º), Honduras (96.º) e o Haiti (110.º). A Rússia está nos últimos lugares do ranking, na 105.ª posição, à frente de Uzbequistão, Tadjiquistão, Tanzânia e Nigéria. O Zimbábue está em último lugar.
Para elaborar o índice, a revista The Economist utilizou fatores que vão da renda per capita à saúde, passando pela liberdade, o desemprego, a vida em família, o clima, a estabilidade política, a segurança e a igualdade entre os sexos. A Irlanda ocupa o primeiro lugar com uma pontuação de 8,33 sobre dez porque, segundo a revista, combina alguns dos fatores mais desejáveis, como baixo índice de desemprego e liberdade política, com estabilidade na vida familiar e comunitária.
O Reino Unido está bem abaixo, em 29.º lugar, pois seu alto nível de renda é acompanhado por fatores muito negativos, como a dissolução da vida familiar e social. Luxemburgo é o quarto país mais bem colocado da lista, à frente de Suécia, Austrália, Islândia e Itália, Dinamarca e Espanha. O Japão está em 17.º lugar, superando países europeus como Portugal (19.º), Áustria (20.º), Grécia (22.º), Bélgica (24.º), França (25.º) e Alemanha (26.º).
Em julho, o Brasil aparecia em 70.º lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) elaborado pelas Nações Unidas, praticamente estagnado depois de 2000. No relatório, que traz informações sobre 177 países dos cinco continentes, o país ficara em 72.º lugar em 2001 e 2002, último ano do governo de FHC. A estagnação foi atribuída, em parte à base de dados sobre educação. A expectativa de vida do brasileiro é de 68 anos, pior do que a dos territórios palestinos ocupados (72,3 anos). Pelo estudo da ONU, o País é o quarto mais desigual do mundo, com uma brutal concentração da renda.