Tema polêmico no debate entre líderes mundiais, a tentativa de conter as emissões de gases de efeito estufa no planeta entrará de contrabando na pauta da Rio+20, Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, marcada para junho. O Brasil encaminhou ontem à ONU a proposta brasileira para a conferência, com a defesa de metas “restritivas vinculantes” para áreas como a geração de energia, com influência direta no aquecimento global.
“A Rio+20 não tem mandato para negociar mudanças climáticas, mas lidará com a solução da crise do clima”, avaliou o embaixador Luiz Alberto Figueiredo, negociador brasileiro na conferência. No documento enviado às Nações Unidas, o País encampa a proposta de estabelecer “metas restritivas vinculantes” sobre um conjunto de temas ligados ao desenvolvimento sustentável, como a erradicação da pobreza e o acesso à água. Um dos temas obrigatórios nessa agenda é a adoção de geração de energia por meio de fontes renováveis.
“A conferência não é sobre meio ambiente nem sobre crise econômica”, insistiu a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ao apresentar a proposta brasileira, que oferece o pensamento do País anfitrião da conferência, embora oficialmente não tenha peso diferente das propostas dos demais países. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.