O braço direito do goleiro Bruno Fernandes, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, seguiu os passos do amigo e deixou a prisão hoje para ser ouvido em investigação sobre supostas ameaças aos envolvidos nas investigações sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, de 25 anos, ex-amante do jogador. E, assim como o atleta, Macarrão negou envolvimento no caso.
O inquérito que tramita no Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) da Polícia Civil mineira foi instaurado para apurar supostas ameaças que teriam sido feitas pelo ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que também aguarda julgamento pelo assassinato de Eliza.
Um preso que ficou com ele na cela, cujo nome é mantido em sigilo por determinação da Justiça, afirmou que os acusados da morte da jovem teriam tramado as mortes do delegado Edson Moreira, que coordenou as investigações do caso; do deputado estadual Durval Ângelo, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas; dos advogados Ércio Quaresma, que chegou a defender Bruno, e José Arteiro, assistente da acusação; e da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, que determinou que os acusados sejam levados a júri popular.
Macarrão negou à polícia ter conhecimento de qualquer plano nesse sentido, assim como negou ter contato com Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, preso no início de novembro acusado de chefiar o tráfico de drogas na Rocinha, no Rio de Janeiro. Macarrão e Bruno moravam na cidade quando foram presos pela morte de Eliza, em julho do ano passado. A polícia também pretende ouvir o depoimento do ex-policial e não descarta a possibilidade de pegar o depoimento de Nem, atualmente na penitenciária de segurança máxima federal em Campo Grande (MS).