BRA quer bancos como acionistas

A companhia aérea BRA, que suspendeu as operações no dia 7 e acumula dívidas de US$ 100 milhões, negocia com bancos credores uma saída para sua crise. Dentre os principais bancos credores estão o ABN Amro e o Santander, segundo fontes do mercado financeiro.

Uma outra fonte próxima à companhia revela que o modelo financeiro que está em negociação consiste na transformação de uma dívida de US$ 76 milhões com os bancos em participação acionária. Os bancos se tornariam sócios por meio de um fundo de investimentos, com a perspectiva de vender essa participação em uma oferta pública inicial de ações.

A empresa deve ainda US$ 20 milhões para empresas de leasing, Shell, BR Distribuidora e Infraero e tenta renegociar o pagamento dessas dívidas em três ou quatro meses. A operação de conversão de dívida em ações resultaria em um aumento do capital social da empresa, com a diluição da participação dos sócios. Se as negociações forem adiante, os irmãos Humberto e Walter Folegatti, fundadores da empresa, poderiam ficar com menos de 1% do capital total. Hoje, os Folegatti detêm 80% do capital votante e o fundo Brazil Air Partners (BAP), que reúne sete fundos de investimentos estrangeiros, os 20% restantes.

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