Os investidores da BRA, agrupados no Brazil Air Partners, negociam com um fundo de participação de empresas (private equity) a obtenção de R$ 22 milhões para reembolsar seus passageiros que já haviam adquirido passagens da companhia. Outros R$ 7 milhões estão sendo negociados para pagar a rescisão dos 1.100 trabalhadores que estão em aviso prévio.
A BRA também informou que "inicialmente" vai endossar todas as passagens que já foram vendidas para vôos domésticos até o dia 10 de janeiro de 2008, apesar de a companhia ter vendido 70 mil bilhetes até março do ano que vem. A empresa, por meio de comunicado, informou que o passageiro deve procurar as lojas da BRA com a cópia do tíquete eletrônico para poder obter o endosso.
Depois disso, os passageiros da BRA deverão procurar as lojas da BRA nos aeroportos com o bilhete endossado para poder obter um documento que os permite embarcar em outra companhia aérea. Caso haja desistência da viagem, a BRA orienta o consumidor a apresentar o documento que permitiria seu embarque em outra empresa aérea para poder pedir o reembolso em qualquer loja da BRA, que deverá ser pago em 30 dias.
A reacomodação de passageiros é prioridade para aqueles que estão dependendo da viagem de retorno. A BRA enfatiza que a acomodação de seus passageiros depende da disponibilidade de assentos em aviões das empresas que estão aceitando os bilhetes endossados: Gol, TAM, Varig e WebJet.
Infraero
Técnicos da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) reuniram-se nesta quinta-feira (8) com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para analisar qual será o destino dos espaços ocupados pela BRA em aeroportos, como hangares e balcões de check-in. De acordo com a estatal, que administra 67 aeroportos no País, a BRA deve R$ 2,4 milhões para a Infraero pelo uso dos balcões, hangares e lojas nos aeroportos em que operava.
Segundo a Infraero, nessa conta não está incluída a cobrança de taxas aeroportuárias que vai direto para o Tesouro, que repassa 72% do total arrecadado para a Aeronáutica. Os 28% restantes são destinados para a Infraero, que usa os recursos na manutenção dos aeroportos.