Dados da ANP

Botijão sobe 5% em um mês e gás já é o combustível que registra os maiores aumentos no Brasil

Botijões de gás de cozinha. Foto: Pedro Ventura / Agência Brasil

O preço dos combustíveis permaneceu em alta nas bombas esta semana, de acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), renovando recordes históricos que vêm provocando reação até de aliados do governo Jair Bolsonaro.

LEIA TAMBÉM:

> Por que os combustíveis estão tão caros, assim como muitos outros produtos?

> Projeto propõe bancar 50% do preço do gás de cozinha para famílias de baixa renda

Curitiba lidera com a maior inflação entre as capitais, com mais de 12%; saiba o que puxou a alta

De acordo com a agência, gasolina e diesel ficaram 0,3% mais caros na semana, atingindo um preço médio de R$ 6,076 e R$ 4,709 por litro, respectivamente. Etanol e gás natural veicular subiram 1,1% e 0,6%, para R$ 4,704 por litro e R$ 4,146 por metro cúbico.

Já o botijão de gás bateu R$ 98,33, alta de 1,5% em relação ao praticado na semana anterior. É o combustível que tem apresentando maior aumento nas últimas semanas. Em um mês, segundo a ANP, o preço do botijão acumula alta de 5%.

A escalada do preço dos combustíveis vem desde o final de 2020, acompanhando a recuperação das cotações internacionais do petróleo e a desvalorização cambial e tem fortes impactos na inflação e na popularidade do presidente Jair Bolsonaro.

Críticas à politica de preços

Nesta semana, a Petrobras entrou na mira de autoridades em Brasília, com críticas à sua política de preços partindo até do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para quem o ritmo de reajustes no Brasil é mais acelerado do que em outros países.

Em outra frente, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) disse que a empresa deve ser lembrada “que os brasileiros são seus acionistas” e deveria “dividir com o povo brasileiro o pouco da riqueza”.

VIU ESSA? Colorido e com apelo jovem, Jac lança o elétrico mais “barato” do Brasil

As declarações fizeram as ações da companhia figurarem entre as principais baixas da Bolsa de Valores brasileira na terça-feira (14), quando declarações de governistas geraram preocupação de investidores quanto a eventuais intervenções políticas na estatal.

No mesmo dia, em audiência na Câmara, o presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, havia afirmado que o preço dos combustíveis no país inclui o custo de produção da empresa e que uma eventual intervenção estatal nos valores precisaria ser compensada pelos cofres públicos.

“A Petrobras é uma sociedade de economia mista sujeita a uma rigorosa governança. Não tem espaço para qualquer tipo de aventura dentro da empresa, não tem”, afirmou o executivo.

Luna foi nomeado para a estatal em meio a um movimento de insatisfação da base de apoio bolsonarista com a escalada dos preços do início do ano. Em sua posse, prometeu seguir a política de preços, mas tem praticado uma frequência de reajustes mais lenta do que seu antecessor, Roberto Castello Branco.

Ainda assim, desde a semana da posse de Silva e Luna, em abril, o preço da gasolina já subiu 6,8% nos postos. O diesel tem alta acumulada de 4,4% e o botijão de gás, de 11,9% –levando o Congresso a acelerar o debate sobre a concessão de subsídio para a compra desse combustível por famílias de baixa renda.

Subsídio para famílias de baixa renda

Na terça, o deputado federal Christino Áureo (PP-RJ) concluiu relatório de projeto que prevê o pagamento de metade do valor do botijão a famílias inscritas em programas sociais do governo federal, subsídio financiado pela Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e pela receita da União com a produção de petróleo.

Para tentar conter os danos, o presidente Bolsonaro tem jogado a responsabilidade nos estados e decidiu antecipar esta semana mudanças no setor de combustível que teriam, segundo o governo, o objetivo de aumentar a competição de reduzir os preços.

Em MP (medida provisória) editada na segunda (13), ele declarou imediato o prazo de vigência de outro texto de agosto que permite a venda direta de etanol entre usinas e postos e a possibilidade de que postos vendam combustíveis de outras marcas.

Viola é assaltada
Mania de Você

Viola é assaltada

Clarisse teme que Maristela prejudique Beatriz
Garota do Momento

Clarisse teme que Maristela prejudique Beatriz

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna