Brasília (CF) – Nem o prefeito José Serra nem o governador Geraldo Alckmin. O candidato do PFL à presidência da República será mesmo César Maia, garante o presidente do partido, o senador Jorge Bornhausen (SC). A garantia, no entanto, tem data de validade: março. Esse é o prazo dado pela cúpula partidária para que o prefeito do Rio, que já sinalizou apoio aos tucanos caso o escolhido seja Serra, confirme o seu futuro político. ?Primeiro, não sabemos quem é o candidato do PSDB. Segundo, o prazo do prefeito César Maia não está vencido. E nós vamos aguardá-lo, porque ele merece o nosso respeito. A sua pré-candidatura foi muito valiosa para o partido porque, com ela, alcançamos a unidade?, diz o senador, em entrevista ao Congresso em Foco.
Ao longo de suas quatro décadas de vida pública, Bornhausen dedicou 12 anos à construção de uma aliança com os tucanos. A nove meses das eleições gerais, o senador não descarta a manutenção do casamento político mas faz questão de apontar aquela que seria a principal divergência entre os dois partidos: a concepção do tamanho do Estado. ?O PFL não é um defensor da livre economia de mercado, mas a defende no sentido de um Estado que seja apenas fiscalizador e regulador. O PSDB, dentro da social-democracia, dá ao Estado mais condições?, afirma.
Rotulado pelos petistas como a personificação da direita brasileira, Bornhausen adianta que, caso o PFL vença as eleições, o governo retomará o processo de privatização de estatais, atacará a carga tributária e enxugará a máquina administrativa. ?Eu acho que ainda há o que privatizar no Brasil?, disse.